terça-feira, 29 de outubro de 2013

No lugar da bateria e do baixo cabe mais uma mesa

Como não poderia deixar de ser, a classe profissional de músicos que temos na Ilha da Lenha começa a sentir na pele, a par dos outros trabalhadores de hotelaria, a crise em que nos encontramos. Mas além da crise económica temos a crise de valores e de respeito pela profissão. Qual a mais grave? Venha o diabo e escolha.

Após o boom da Venezuela onde os emigrantes pagavam rios de dinheiro nos arraiais e festas particulares os grandes conjuntos que faziam essas festas, compostos por 5, 6 ou mesmo 7 elementos desfizeram-se. Coincidiu com a altura do aparecimento dos teclados workstation que fazem tudo - lêm ficheiros de computador - vulgarmente conhecidos por MIDI - onde temos toda a informação dos temas musicais e que esse tipo de teclado lê e interpreta sozinho os temas sem precisar da ajuda de músico nenhum. É assim uma espécie de karaoki ambulante onde se faz figura de músico.

A maior parte dos músicos autodidactas que compunham essas bandas ao se verem no desemprego optaram por trabalhos em áreas diferentes. Outros compraram os ditos cujos teclados e ala para casa aprender a mexer no bicho.

A outra fase foi procurar trabalho. A hotelaria madeirense sempre foi e sempre será a grande empregadora dos artistas e músicos da nossa terra. Ofereceram-se por "tuta e meia" e quem não cairia na história de contratar um "músico" somente e dispensar os outros 3? Foram só vantagens não só económicas como também de espaço - no lugar da bateria e do baixo colocamos mais uma mesa.

Este é o resumo da história toda. Escrevo com conhecimento de causa e esta é a verdade.

Culpados?

Os culpados são os músicos. A situação de se vergar e tocar por "dá aqui aquela palha", os rastejantes, os energúmenos que vão por detrás da cortina oferecer os seus serviços, secretamente, dissimuladamente, com voz de mel mas com coração de fel - que tanto tocam tuba como tamborim e se der geito também tocam gaita. Os que se adaptam e que vivem à custa da boa vontade dos outros - vegetam por entre as mentiras e o veneno que destilam. Esses são os culpados.

Uma coisa é certa: a qualidade vai perdurar sempre.

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segunda-feira, 28 de outubro de 2013

Para as massas

Entretenimento para a semana que se avizinha: a carga de porrada na Bábá superconhecida das massas e o Professor Martelo exímio comentador para as massas que não põe de lado a sua candidatura a Presidente da República.

Nos dois casos temos o ponto comum das massas.

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Violência na Bábá?

Parece até que só quando acontece a gente "importante" é que se abre os olhos para o problema da violência doméstica. Se fosse um triste qualquer a dar uns tabefes na mulher, ora tudo bem... e de resto é como aquele senhor de estatuto elevado que anda sempre bêbado "o sr dr. gosta de tomar o seu copo" e o teso que anda na rua no mesmo estado "é um bêbado tarraço que não presta para nada".

O positivo nesta discriminação própria do país de mentalidade treceiro-mundista onde vivo, entre outras, é que se calhar vai abrir caminho para mais uma discussão a nível dos média que poderá começar a mudar este estado lastimoso de coisa.

Um senhor todo fino e uma madame maravilhosa da mais alta society nunca se poderiam envolver nessas coisas - ora pois aí têm o que eu sempre pensei: nas classes altas a violência doméstica ou psicológica é muito maior do que nos casais de condição mais...

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sexta-feira, 25 de outubro de 2013

Ufaaaa ninguém nos espia

Passos afirma que não existem indicações de espionagem em Portugal.

Mas a pergunta lógica seria saber quem neste mundo imperfeito gostaria de espiar alguma vez algum membro do governo português e para quê?

A anedota da semana sem dúvida.

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Os média são xenófobos?

Afinal a pequena "raptada" era filha dos tais "ciganos raptores"?

Mas então os principais xenófobos e difusores da "novidade" foram os média que como sempre sedentos de sangue e desgraça nem olharam às pessoas.

E agora vêm se redimir?!

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O telefone do resto do mundo

Depois do tal escândalo sobre o telefone da Merkel surge-me logo:

- E os telefones do "resto do mundo" também estarão abrangidos por este suposta tratado ente a Europa e os EUA que vai "impedir" as escutas, salvo, claro está se forem consideradas como fazendo parte de comunicações terroristas?

Resposta lógica: o resto do mundo é o resto do mundo pelo que ficará tudo como está até se descobrir um método melhor (mais secreto).

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O telefone da Merkel

Na Lovely Europe tudo pode acontecer. Até aos políticos mais marcantes do nosso Século onde se encontra, em lugar de destaque, a Ângela. A Ângela não é rapariga para brincadeiras não fosse nascida da raça que por duas vezes tentou conquistar a Europa a ferro e fogo. Recentemente alteraram a estratégia e foi preferível, por razões de Estado, a guerra económica - além das vantagens conhecidas não é necessário gastar munições nem provocar mortes desnecessárias.

Mas isto tudo para referir que as notícias que regiamente são censuradas apresentam uma Merkel desgastada com o facto do seu telefone estar, supostamente, em escuta pelos américas. Salve os naturais pedidos de desculpas continua a senhora em questão a afirmar que ouvem o seu telefone Blackberry Z10 - americano, claro - nas suas chamadas ultrasecretas para o Sócrates.

Mas que esperava afinal tão apetrechada senhora ao adquirir um produto americano de última água? Que já não viesse munido de um chip que faz a ligação directa com a casa branca do calhau que ia mudar o mundo e que para mudar precisa de saber o que os outros andam a conspirar telefonicamente.

Avancemos mais uma semana. Lê-se agora que a Alemanha e a França - os poderosos controladores da Europa - já esqueceram as divergências da guerra porque quando é para sacar estão todos unidos e a memória é bem curta - lideram as negociações anti-espionagem imagine-se com quem... com a América.

É caso para dizer que... ok.

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quarta-feira, 23 de outubro de 2013

O "Programa Cautelar"

Alguém já se questionou o porquê do nosso Tribunal Constitucional ser formado por "activistas" e o dos alemães por "juízes"?

Porque o objectivo claro é acabar com o "nosso" para ficarmos dependentes do "deles".

Mas apresentar mais este "programa cautelar" como uma vitória na altura em que nos deveríamos livrar da troika é de mestre. O tal cautelar refere-se a uma estrondosa derrota em quem nos governa conseguir alcançar os objectivos a que se comprometeu, e signigfica simplesmente mais um empréstimo - chamem-lhe o que quiserem.

Além disso poderá ser-nos vendido sem que para isso caia o governo.

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